25 de abril de 2005

MANTRAS

Sem descartar a ciência os compreende. Na era nuclear e física quântica devem ser compreendidos como princípios fonéticos vibratórios.

Podemos entender que no "sem começo" a energia cósmica encontrava-se em repouso e equilíbrio, o nada era então o estado não manifesto, a temporal. Então, no akâsha, no "éter dinâmico", explodiu a vibração de origem. "No princípio era...": O verbo, para São João; o big-bang para os físicos; o damaru, o tambor de Shiva, pra o tântrico. E ao momento que engendrou o espaço-tempo valoroso à Einstein, o verbo, o som original – cujo eco vibrará no universo até a dissolução final, o mahapralâya – se diversificará num infinito derramar de seres e formas, pois, como a matéria é energia e vice-versa, tudo, universo ou grão de areia, é um campo de forças em perpétuo estado vibratório.

Os mantras são sons sagrados que ajudam a entrar em estado de meditação. Dotados de grande força energética, eles também nos ajudam a realizar nossos desejos. Para que funcionem bem, convém praticá-los com regularidade, desde que estejamos dignos e aptos para isto – diariamente, ou pelo menos em dias alternados.

Um mantra deve ser repetido 8 ou 108 vezes, porém à casos em que um mantra repetido por inúmeras vezes, ou acima de sete vezes, perde seu poder e em outros casos só devem ser utilizados em perigo eminente, pois não devemos utilizar o nome de Deus em vão. A pronúncia correta é muito importante para que ele se mostre eficaz, pois os mantras estão em idioma sânscrito, a língua sagrada dos hindus. Assim, onde aparece a letra h, repita como se fosse rr. Salvo alguns casos em que representa j exalada.

A pesquisa demonstra que a lembrança é facilitada ao se ouvir do que ao ver.

O estudo lingüistico é um atrativo à muitas disciplinas de acordo com suas prioridades. Os neurobiologistas preocupam-se com a produção da linguagem, os lingüistas interessam-se pelo conteúdo e os filósofos pelos significados exatos, sempre alheios ao contexto biológico.

Neste resumo deste campo da psicolinguística encontramos um paradoxo que nos conduz à outra fase mais adiantada da descoberta do significado verdadeiro da língua. Se podemos dividir a produção da fala em unidade fonéticas pequenas que estão em correspondência com o efeito da laringe sobre o ar que é expelido dos pulmões, nos demonstrando que a percepção da linguagem depende de unidades de significados, isto é, do sintagma, grupos de fonemas ligados por pausas e reunidos em sílabas inteligíveis; cada grupo em geral contém sete sílabas. O "Número Mágico 7" ocorre em estudos de memória de curto prazo, descrevendo a dificuldade de reter mais unidades de informação em relação ao nosso período de atenção aos quais parece que nossos padrões de linguagem estão relacionados, com os impulsos fonêmicos e silábicos e com limites das pausas de espera.

Outros campos de pesquisa atuam sobre o conceito de segmentação de esquemas da fala, porém as duas abordagens coincidem quanto ao significado dos limites das pausas na produção e percepção da fala. Torna-se o maior inconveniente desta pesquisa Ter sido conduzida em dois extremos de um contínuo, o estudo exaustivo e teórico da produção e percepção de cada fonema individualmente e o estudo dos verdadeiros esquemas de fala e conversação. O que parece ninguém Ter considerado pela ciência, porém de grande relevância é a dinâmica dos fonemas, do sintagma e da articulação da expressão ritual, em cujos comentários identificamos vários aspectos da expressão ritual de grandioso significado, falamos do uso da linguagem arcana, em que nas orações e rituais os parâmetros sintáticos e semânticos não estão acoplados, e falamos da repetição das cadências religiosas como auxiliar da concentração, demonstrados na enunciação dos mantras e da sublimação de esquemas da fala na música, tanto cantada como instrumental, como fator central no gestalt do culto. Isto tudo adquire um significado supremo ao esclarecimento do conhecimento atual da produção e percepção da fala, agora revelados como efeitos de amplificação que fornecem sinais acústicos para a imagem de modo a que esta se acople com a rede interna. Desta forma podemos colocar-nos em posição de prever que um estudo minucioso da relação intercultural dessa expressão ritual pode revelar padrões de ativação insuspeitos cuja força não possui paralelos, pois o fornecimento de sinais acústicos para a rede neural humana provoca um estímulo forte ao qual o cérebro tem de responder ao mesmo tempo que se estabelece uma onda de pressão que vai acionar a força do ídolo.

Isso implica de que essa expressão ritual aciona uma reação do cérebro, talvez por um acoplamento de taxas de pulsação de uma descarga nervosa e da produção de fonemas. Sugerindo a possibilidade de ser libertado um sinergismo devastador, um sinergismo do qual o cérebro participa em todos os níveis, partindo do ritual, passando pela satisfação e chegando à cerebração mais refinada.

Em outro aspecto do poder do som está a Meloterapia reportando-nos que cada som emite uma certa cor e assume uma forma definida, assim como qualquer forma é possuidora de um som associado desta forma tudo que existe, da molécula ao homem, do planeta ao sistema solar possui sua nota-chave, sendo que, a somatória dessas notas compõem a música das esferas, assim sendo, tudo pulsa mediante um ritimo definido, inclusive o próprio universo, do mesmo modo que os órgãos do ser humano emitem suas notas e em conjunto perfazem a nota vital fundamental do homem.

Há sete centros correspondentes aos sete chakras e à música heptatonal, sendo que a música contribui para o seu desenvolvimento gradual capacitando-os ao desenvolvimento de seus poderes. O valor terapêutico da música foi reconhecido desde a tempos remotos. Paracelso, prescrevia certas composições no intuito de sanar moléstias


Um mantra (tib. ngag / sngags, jap. shingon), proteção mental, é uma série de sílabas que invocam a energia de um buddha ou bodhisattva. A repetição de mantras no Vajrayana é tão importante que o budismo esotérico também é chamado Mantrayana, o Veículo do Mantra. Além do mantra, existe a sílaba semente (sânsc. bija), que sintetiza a essência mente iluminada.
A relação entre a fala, a respiração e o mantra pode ser melhor demonstrada através do método pelo qual o mantra funciona. Um mantra é uma série de sílabas cujo poder reside em seu som; através da pronunciação repetida, pode-se obter controle sobre uma determinada forma de energia. A energia do indivíduo está fortemente ligada à energia externa, e uma pode influenciar a outra. (...) É possível influenciar a energia externa, efetuando os assim chamados "milagres". Tal atividade é realmente o resultado de se ter controle sobre a própria energia, através do qual se obtém a capacidade de comando sobre fenômenos externos. Chögyal Namkhai Norbu, Dzogchen)

Para contar as recitações, geralmente se utiliza um rosário (sânsc. mala, tib. trengwa / phreng ba) de cento e oito contas. Na prática, considera-se que uma volta do rosário equivale a cem mantras; os oito restantes servem para compensar os mantras recitados distraidamente.

Nenhum comentário: