Atualmente, muito tem se comentado a respeito das terapias que se utilizam da energia como princípio básico de tratamento.
A Física Quântica tem sido constantemente mencionada com o intuito de dar um caráter mais científico às técnicas envolvidas, revolucionando o pensamento científico, que deixou de basear-se apenas na relação de Causa e Efeito.
Hoje sabemos, por exemplo, que o átomo constitui-se de uma pequena partícula de matéria e que no seu interior temos um núcleo formado por prótons e nêutrons. Enquanto os prótons são dotados de carga elétrica positiva, ao redor do núcleo dos nêutrons existem partículas menores, os elétrons, que são dotados de carga elétrica negativa e que se movimentam em órbitas elípticas concêntricas, podendo-se comparar este sistema eletro-magnético atômico a uma miniatura de nosso sistema planetário.
Outra descoberta importantíssima feita pela ciência é de que os prótons, nêutrons e elétrons comportam-se dubiamente, ora como partículas (matéria), ora como ondas (energia) e que as moléculas não trocam energia continuamente, mas sim, em pequenas quantidades denominadas "quanta".
Mas, o que tem tudo isto a ver com os conceitos utilizados pelas terapias energéticas? Foi a partir destes conhecimentos que se percebeu que o mundo atômico sutil exerce grande influência sobre o mundo visível material, a ponto de perdermos o apoio daquilo que considerávamos óbvio.
Isto nos levou ao fato, de que nunca poderemos ter uma descrição completa do mundo (Princípio da Incerteza elaborado por Heisenberg), sendo que teorias diferentes e contraditórias podem cooperar para a compreensão mais completa do mundo (Princípio da Complementaridade elaborado por Bohr).
Podemos também afirmar, que a neutralidade na observação não existe, uma vez que o sujeito interfere no objeto e que este, por sua vez, não pode ser separado do último. Em outras palavras, a Física Quântica mostra-nos que todo fenômeno externo ou interno tem a mesma origem, que podemos denominar Vazio, Ilimitado, Vacuidade, Absoluto.
Sendo assim, podemos concluir que o mundo material surge a partir da noção de um Eu Individual, separado do mundo. Se isto for verdade, podemos também inferir que o mundo externo tem origem na nossa Consciência, e por isso pode por nós ser mudado.
Partindo dos pressupostos acima, podemos admitir também, que a causa e cura das doenças devem estar centradas no campo da atomologia e que o nosso pensamento , enquanto energia sutil, pode ter o poder de deslocar ou reajustar os elétrons de suas órbitas.
Ou seja, se considerarmos o pensamento como uma forma de energia emitida por nossa alma, nosso Eu Superior, podemos chegar à conclusão de que quando este estiver impregnado de emoções negativas (medo, raiva, ciúmes, etc.) ocorreria um deslocamento de elétrons de suas órbitas levando-nos à dor, ao sofrimento, às doenças. Já quando positivo, fundamentado na prece, na fé, na vontade, na determinação, ou seja, centrado numa ação curativa, seríamos capazes de produzir um reajustamento dos elétrons no alinhamento de maior potencial de suas órbitas promovendo a saúde, o bem-estar, a cura quântica.
Em outras palavras, pensamentos negativos seriam responsáveis por uma descompensação energética nos átomos, promovendo o deslocamento dos elétrons de suas órbitas atômicas desencadeando, desta forma, a desarmonia energética na estrutura das células e conseqüente ejeção dos elétrons das órbitas dos átomos que as constituem, gerando aquilo que denominamos doença (física ou psíquica).
Já os pensamentos positivos harmonizariam a dinâmica dos átomos reconduzindo os elétrons às suas respectivas órbitas, produzindo a harmonização do sistema energético das células e a conseqüente recondução ao estado normal, ao que denominaríamos saúde. Isto nos leva a concluir, a grande parcela de contribuição que temos na saúde ou na doença e que antes de adoecermos no físico ou psíquico, o processo tem origem a nível energético, princípio este defendido pelas terapias energéticas.
Basta pensarmos nas técnicas de biofeedback, onde portadores de doenças aparentemente incuráveis, como o câncer, recuperam grande parcela de sua saúde utilizando-se de técnicas de visualização. Ou mesmo, aquelas curas obtidas pela fé.
Ou seja, quando nos utilizamos das técnicas energéticas (florais, reiki, acupuntura, homeopatia) estaríamos, na verdade, injetando uma espécie de bioinformação curativa, que seria ativada por uma energia vital magnética sutil durante o processo de cura, reconduzindo o nosso sistema energético à harmonia.
como se mandássemos uma mensagem ao nosso cérebro relembrando-o da capacidade de auto-ajustamento ou auto-cura existente em nosso organismo. Uma vez que nossa consciência, como dissemos anteriormente, tem grande influência sobre nosso bem estar e saúde, estaríamos aqui corrigindo alguns padrões de disfunção da nossa energia emocional. Reequilibrando nossas emoções, conseqüentemente, estaríamos aumentando nossas respostas imunológicas, atingindo também a cura física.
Outra questão constantemente levantada é de como poderíamos aliar, por exemplo, as técnicas bioenergéticas com a Psicologia ? Eu não estaria ferindo um princípio ético ? Não estaria negando a eficácia da ciência ?
Como já disse anteriormente, em outro artigo, as críticas advém do não conhecimento. Sabemos que o saber médico não tem resposta para tudo. Às vezes, temos que encontrar as doenças no nosso emocional. E aí precisamos da Psicologia. Outras vezes, as tentativas nestas duas áreas não encontram respostas. Isto porque nenhuma Ciência detém todo o saber.
O homem é um ser complexo e deve ser tratado de uma forma holística, sem perder a visão do todo. Jung, importante teórico da Psicologia, já nos falava que não poderíamos enxergar o ser humano como uma mera máquina biológica.
Além disso, reconhecia que o processo de maturação psíquica poderia, em certos casos, transcender os estreitos limites do ego e do inconsciente individual, conceito este defendido pelos teóricos da linha transpessoal (4ª Força da Psicologia), os quais, como Jung, admitem as dimensões espirituais da psique.
Vale relembrar aqui, que o conceito de espiritualidade aplicado, não possui uma conotação religiosa, mas sim, refere-se a um estado alterado de consciência.
É aqui que podemos unir conceitos da Física e da Psicologia com as terapias energéticas, principalmente no que tange à importância da consciência na definição daquilo que denominamos realidade.
Vários teóricos, tais como, Abraham Maslow, Pierre Weil, Stanislav Grof, Ken Wilber, Walsh, Vaughan entre outros, crêem que os chamados "estados alterados de consciência" são não só naturais, como também necessários ao bem-estar e a saúde do indivíduo, após atingir um certo grau de desenvolvimento cognitivo e ter atendido as necessidades básicas mais urgentes. Para Maslow, sintomas emocionais graves podem advir quando impedimos a manifestação dos níveis transcendentes da personalidade, a menos que tenhamos oportunidade de mudarmos nosso estado de consciência.
Sendo assim, poderíamos dizer também que, da mesma forma como existe uma pulsão para a experiência sexual, também parece haver uma pulsão para o desenvolvimento de níveis de percepção.
azendo um parênteses aqui, a Terapia Floral, por exemplo, vai ao encontro destes conceitos, uma vez que as essências florais utilizadas visam alterar determinados níveis de consciência. Mas, agora vocês me perguntariam, como isso é possível?
Para isto é necessário entendermos alguns conceitos utilizados por este ramo de estudo. Como dissemos anteriormente, a noção de Eu Individual surge a partir da nossa consciência, pois na verdade fazemos parte de uma grande massa cósmica, segundo a Física.
Como nós, as flores também são dotadas de certos padrões energéticos vibratórios que se assemelham aos estados emocionais humanos.
Mas, como se chegou a este conceito?
Observando o ciclo de crescimento das flores, vários teóricos das essências florais, viram como elas interagiam com o meio e como se defendiam das adversidades.
A primeira vista, isto pode parecer um tanto "maluco" para o leitor. Mas, a verdade é que estudiosos como Paracelsus e, mais recentemente, o médico inglês Edward Bach, observaram que o contato com o orvalho de diferentes espécies de flores, poderiam levar as pessoas a diferentes estados emocionais e de consciência.
Um estudo mais abrangente sobre este tópico pode ser obtido em literatura específica. No nosso caso, se estamos falando no atendimento de necessidades transcendentes de nossa personalidade, as essências florais poderiam ser vistas aqui como um facilitador deste processo, remetendo o indivíduo ao encontro de si mesmo, através do reequilíbrio de seus corpos energéticos, levando-o a atingir níveis de consciência mais profundos.
Retornando a nossa proposta inicial, ou seja, de analisar a cura bioenergética ou quântica como complemento das terapias tradicionais, podemos dizer que cada vez mais ciências como a Física e a Psicologia se aproximam dos conceitos pregados pelos defensores destas linhas de tratamento.
Aqui incluo os florais, o reiki, a acupuntura, a homeopatia, entre outras, principalmente no que tange a abertura de nossa concepção de mundo, discutindo-se com ênfase o papel de nossa percepção e da influência de nossa consciência sobre aquilo que denominamos realidade.
Urge construir-se um modelo de ciência holístico, que transcenda os aspectos pessoais, elevando-se a uma condição espiritual, onde o Universo (matéria/energia) seja visto como uma entidade dinâmica em constante mudança num todo indivisível, afetando-nos e sendo por nós afetado, numa constante busca do equilíbrio.
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