12 de abril de 2005

A humanidade vive momentos privilegiados. Sabedorias tradicionais milenares, doutrinas religiosas e teorias científicas contemporâneas parecem se unir para demonstrar a unicidade do Universo, a interação entre todas as suas partes, a variedade de expressão, em formas, meios e movimentos, no plano da manifestação física, de uma fonte única, pré-física, geradora de tudo o que existe.

Modernas teorias nos permitem considerar todas as formas materiais como estados particulares de energia, várias formas de energia como intercambiáveis entre si, interações energéticas entre seres humanos, entre homens e animais, vegetais, objetos "inanimados", próximos ou distantes. Algumas qualidades energéticas já identificadas comportam-se com gráus de liberdade infinitamente superiores aos da luz e do som, entre outras, superando (desafiando) nossa consciência quadridimensional do espaço-tempo.

Temos tido repetidas demonstrações de que a vida no Planeta, como no ser humano, é um fluxo energético, surpreendentemente Consciente, onde cada parte parece saber exatamente o seu papel na evolução harmoniosa do Todo. As células de nosso corpo, nossas emoções, mente e espírito (inspiração), seriam todos expressões, em diferentes níveis, da vibração energética que nos constitui e caracteriza, enquanto este ser humano específico, por sua vez uma expressão individualizada do Ser.

A descrição científica do processo de metabolismo da luz solar pelas folhas faz a idéia de "vibração energética" transcender o dicionário esotérico, transformada em realidade cotidiana: quando a molécula de clorofila absorve um fóton de luz, os elétrons se excitam e elevam seu nível de energia, que se transmite rapidamente para a molécula vizinha; a planta, literalmente, vibra, ao criar enormes quantidades de açucar, que é usado para produzir caule, folhas e frutos. O excesso de glicose é armazenado em forma de carboidrato, para nos alimentar depois.

Na década de 1920 a física ingressa na realidade do mundo subatômico. Muitas vezes, numa experiência, a natureza respondia com um paradoxo. Os físicos acabaram por compreender que o paradoxo faz parte da natureza do mundo subatômico, o qual fundamenta toda a nossa realidade física.

Ao se tentar provar que a Luz é uma partícula, por exemplo, uma pequena alteração na experiência pode provar que a luz é uma onda. Para descrever o fenômeno da luz, portanto, terão de ser usados tanto o conceito de partícula quanto o de onda. Entramos num universo baseado no conceito da complementaridade

Max Planck descobriu que a energia da radiação do calor não é emitida continuamente, mas toma a forma de pacotes de energia, chamados quanta.

Segundo Einstein, todas as formas de radiação eletromagnética aparecem como ondas, e também como quanta. Esses quanta de luz, ou pacotes de energia, são partículas genuínas. A partícula, que é a definição mais aproximada de coisa, é um pacote de energia.

Os físicos verificaram que a matéria é completamente mutável e que, no nível subatômico, não existe em lugares definidos, mas mostra tendências para existir.

Todas as partículas podem ser transmutadas em outras partículas. Podem ser criadas a partir da energia e dissipar-se em energia.

É um mundo de opostos aparentes que se completam, e não de opostos verdadeiros. O dualismo nos conduz à unidade.

As partículas podem ser ondas porque não são ondas físicas reais, como as do som ou da água, mas ondas de probabilidade.

As ondas de probabilidade não representam probabilidades de coisas, mas probabilidades de interconexões.

Dizem os físicos que não existe nada parecido com uma coisa. O que chamamos de coisas são, na realidade, eventos ou caminhos, que podem tornar-se eventos.

O universo inteiro parece uma teia dinâmica de modelos inseparáveis de energia.

Assim, nada existe parecido com uma parte. Não somos partes separadas de um todo, somos um Todo.

O físico Dr. David Bohm fala numa ordem envolvida implícita que existe num estado não-manifesto e é o fundamento sobre o qual se assenta toda a realidade manifesta.

À realidade manifesta ele chama a ordem desenvolvida explícita. Vê-se que as partes estão em conexão imediata, na qual suas relações dinâmicas dependem, de maneira irredutível, do estado de todo o sistema...Desse modo, somos levados a uma nova noção de completude indivisa, que nega a idéia clássica de que o mundo é analisável em partes que existem separadas e independentemente.

Diz o Dr. Bohm que a visão holográfica do universo é uma base para se começar a compreender a ordem envolvida implícita e a ordem desenvolvida explícita. O conceito de holograma assevera que cada pedaço representa exatamente o todo e pode ser utilizado para reconstruir o holograma inteiro.

O Dr. Karl Pribam, renomado investigador do cérebro, acumulou provas de que a estrutura profunda do cérebro é essencialmente holográfica.

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